Interpretando Diagramas

Quando fornecemos o projeto de um aparelho eletrônico, o fazemos na forma de um diagrama ou "esquema", como também é conhecido. Todo circuito eletrônico é representado por diagrama através de símbolos, para cada componente.

Neste diagrama, conforme mostra a figura 1, todos os componentes são representados por símbolos (como já foi dito) que nada têm a ver com sua aparência real.

A única coisa que nos permite associar o componente ao seu símbolo é, em princípio, o número de seus terminais. Assim, se um resistor tem dois fios de ligação, no diagrama, de cada resistor saem sempre duas linhas que correspondem aos fios que fazem sua conexão. Para um .transistor, se existem sempre três terminais no componente, no diagrama sairão três linhas que também correspondem aos fios de ligação. Veja na figura 2.

No diagrama, os símbolos adotados devem ainda dar alguma informação adicional sobre o componente que sejam importantes na realização da montagem.
Assim, para os resistores e capacitares, além do seu número de ordem no projeto, R1 , R2, R3, etc. para os resistores e C1, C2, C3, etc. para os capacitares, aparecem os valores nas unidades correspondentes, e eventualmente outras informações como a tensão de trabalho e a dissipação.
IMPORTANTE: As tensões de trabalho e a dissipação dos componentes, devem ser rigorosamente respeitados.

Na figura 3 mostramos então um diagrama em que os resistores além dos valores em ohms têm também indicada a sua potência em watts (W) , e os capacitores, além de seus valores que podem vir em nanofarads, picofarads e microfarads (nF, pF e Jl F), a tensão que o capacitor deve suportar para poder funcionar.
IMPORTANTE: Para os capacitores eletrolítico, use sempre a tensão indicada, ou uma tensão maior. Exemplo: Os eletrolítico da figura abaixo poderão ser usados os que tenham 16V ou valores acima, nunca um valor de tensão mais baixo que o indicado no diagrama.  

Mas, o importante num diagrama é que as linhas que interligam os componentes correspondem justamente às conexões que devem ser feitas para termos o circuito montado.
Dizer que estas linhas representam os fios não corresponde sempre à realidade, pois enquanto que num diagrama um componente pode ser desenhado longe do outro, na hora de fazer a montagem eles podem ficar juntos ou próximos.
A linha indica que eles devem ser ligados ou ao mesmo ponto, ou um no outro, ou por meio de um fio. Na figura 4 damos um exemplo disso.

A linha principal da alimentação neste diagrama, que vem do pólo positivo da bateria (+ ), chega por meio de derivações a vários componentes como R 1, R2, C1 e D1. No desenho, todos estes componentes estão longe um do outro, mas na hora de fazer a montagem o importante é que todos eles sejam conectados ao (+ ), então a montagem ficará como mostra a figura 5.

As linhas de um diagrama podem também cruzar de dois modos diferentes como mostra a figura 6.

No primeiro caso, os fios cruzam, mas sem fazer contato um com o outro, enquanto que no segundo existe a conexão comum. Neste caso, também a presença da linha não significa que ela realmente corresponda a um fio.
Para completar, damos exemplo de como ficaria, na figura 7, um aparelho que seria montado exatamente como o diagrama, ou seja, usando fios onde houvessem linhas, os componentes nas posições certas, tudo espalhado.

Na figura 8 mostramos como podemos "ajeitar" este aparelho, encurtando fios e aproximando componentes.

IMPORTANTE: Acostume a conferir a montagem de um aparelho por um diagrama e, numa fase posterior, a fazer a montagem somente olhando o diagrama .
Veja que em muitos casos encontramos somente diagramas de circuitos para fazer a montagem, sem nenhuma informação adicional.

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